É difícil enxergar algo de bom nas coisas ruins que acontecem. A mágoa, raiva, revolta e qualquer outro sentimento destrutivo nos faz voltar todo o nosso foco para o que machucou, decepcionou ou desiludiu.
Acho que faz parte do processo de superação até...É preciso colocar pra fora o que dói por dentro. É preciso aceitar a dor para ser capaz de curá-la. Mas, também é possível enxergá-la como um degrau necessário para chegar ao nosso almejado destino.
Acredito mesmo que quando algo se vai é para que outra coisa infinitamente melhor possa vir. É difícil ter esse desapego quando ainda existe sentimento, mas o tempo se encarrega mesmo de mudar (quando não muda os sentimentos, muda ao menos nossa percepção sobre eles).
É como no caso em que você está aprendendo algo novo que te deixa com medo de errar...Aí você tenta, faz e erra, seja por um mero deslize ou até mesmo por um motivo mais relevante. E aí você desiste, pensa que não dá mais, que é melhor voltar para a zona de conforto e se esconder daquilo que seria bom pra você, mas que te apavora tanto pelo medo de errar que é melhor deixar de lado.
Eu mesma sempre fui assim...É difícil eu aceitar os meus próprios erros porque exijo demais de mim. Consigo entender e aceitar os erros dos outros com muita facilidade, mas sou dura demais quando se trata dos meus.
E então, percebi que se for assim, jamais me permitirei viver intensamente...Jamais vou errar, mas também não aprenderei a acertar.
E o melhor disso tudo: percebi que se não fosse aquele erro, eu não conseguiria ser mais atenta com o que está ao meu redor e, principalmente, não conseguiria aperfeiçoar a minha capacidade para os próximos desafios que viriam.
É preciso ter humildade para lidar com as nossas próprias limitações. É preciso eliminar a ideia de que temos que ser perfeitos o tempo todo, porque jamais seremos...E se fossemos, tudo seria muito mais previsível e entediante, aliás!
Porque a vida é mesmo feita de tentativas, e até mesmo os fracassos fazem parte da nossa conquista. Portanto, tente, erre, tente de novo, erre mais uma vez, tente outra e então consiga. Não importa o quanto demore, se é o que você realmente quer, empenhe-se e busque toda a força possível e imaginável que existe em você. Às vezes, ela é muito maior do que você pensa...Assim como a sua conquista será infinitamente maior e muito mais duradoura que aquela tristeza momentânea dos seus erros durante o caminho.
"Vai. E se der medo, vai com medo mesmo."
(E se cair, levante-se ainda mais experiente e com uma nova perspectiva para a próxima batalha.)
- Beatriz Zanzini
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